Artigo

Oligoterapia – A Medicina Funcional de Jacques Ménétrier

Sabemos que a modernidade e as tecnologias que nos facilitam a vida , principalmente nos grandes centros podem  também causar grandes danos à sustentabilidade do Planeta e também à nossa saúde devido a alguns fatores como o alto nível de poluição, estresse causado pela competitividade, o uso de produtos químicos na produção e conservação dos  alimentos, entre outros.  Somos vulneráveis às mudanças climáticas, às pressões  sócio- econômicas e aos fatores culturais,  pois estes causam influências diretas e indiretas  sobre o equilíbrio orgânico do indivíduo. Segundo Darwin na sua teoria da evolução das espécies, é através do processo de adaptação ao “meio ambiente”, que acontecem as mudanças no comportamento fisiológico dos seres vivos, determinando a sobrevivência dos mais “fortes”, processo que ele chamava de “seleção natural”.  Imagino que com Sete bilhões de pessoas no planeta, a produção de comida  só é possível graças à novas tecnologias,  porém o preço é alto e danoso à nossa saúde.

E graças à ciência moderna preconizada por Albert Einstein surge uma nova visão de mundo, mais complexa e que  pode caracterizar-se por palavras como: orgânica, holística e ecológica,  e novas formas de produção estão sendo reinventadas.  A descoberta desta nova física, trouxe também a possibilidade de demostrar a natureza energética dos átomos e moléculas do nosso corpo, assim proporcionando a compreensão de que matéria e energia são uma coisa só.

Na  medicina  houveram fantásticos avanços, principalmente nos  últimos dois séculos, onde modificou profundamente seus métodos e técnicas, mesmo que por necessidade de evitar as mortes, tenha se oposto ao mais evidente, a doença em si, sem, no entanto, evitar totalmente as consequências iatrogênicas para o ser humano.

No final do Século XIX,  Gabriel Bertrand, demostrou a importância dos minerais, que encontrados em organismos vivos; animais e plantas e que usados em ínfimas quantidades, tinham papel fundamental como biocatalisadores nas funções enzimáticas. Em 1912, em um congresso científico, ele apresentou alguns desses minerais, os quais ele chamou de “Oligoelementos”. No século XX,  o brilhante cientista Linus Pauling, duas vezes ganhador do Premio Nobel, e considerado o criador do termo Ortomolecular,  enredou pelo intricado campo da bioquímica – a química dos seres vivos  – concluiu que “A doença tem uma base, um substrato molecular. Em 1968 em seu artigo “Psiquiatria Ortomolecular”,  publicado na revista Science ele descreveu o tratamento da doença mental, por meio do fornecimento de um ambiente ideal molecular para a mente, especialmente em concentrações ideais de substâncias normalmente presentes no corpo.

Jacques Ménétrier, em 1932 apresentou a “Tese das Diáteses”, comprovando o uso clinico dos oligoelementos ou minerais catalíticos na correção do terreno biológico dos pacientes, impedindo a evolução da doença para sua forma lesional. Sua proposta inovadora para a época  sugeria o tratamento em um estagio entre a saúde e a doença, ou seja, na sua forma funcional, Esse novo padrão de medicina foi denominado de Medicina das Funções. Ele  propôs  a destrinchar as causas, comportamentos, sintomas e patologias  fundamentais ou essenciais, verificadas no contexto clinico em quatro possibilidades teóricas, mais uma, buscando estabelecer as relações de causas e efeitos entre o comportamento individual e o mecanismo geral de cada um dos terrenos ou diáteses. Diátese é o conjunto de características que definem o perfil biológico, levando em consideração os aspectos físicos, intelectuais e psicológicos demonstrados pelo paciente no momento da consulta. A disposição mórbida de uma diátese traduz um estado de desequilíbrio que se sucede ao equilíbrio natural que precede a lesão, ou seja, é uma disfunção que perturba o funcionamento orgânico e que conduz de forma progressiva à desordem e à degeneração.     Porem também é comportamento próprio das diáteses a instabilidade e sua capacidade de regressão ao estado inicial, por isso é aconselhável atacar de pronto a diátese mais vicariada, sem, contudo,  deixar de tratar também a sua origem  essencial.  Cada diátese ou terreno possui o seu mineral corretor de base vemos a seguir:

I – Diátese alérgica ou artrítico-alérgica

É uma diátese constitucional que se caracteriza pelo excesso de reação ante aos estímulos a respostas que podem ser rápida, brutal e excessiva, com os sinais característicos da alergia ou comportamento de hiperatividade. A principal carência é do mineral manganês e de outros metais complementares que, quando reposto, trata os pacientes, que são essencialmente crianças e jovens. Geralmente são indivíduos interativos, principalmente à noite, com dificuldade de conciliar o sono e, geralmente pela manhã, têm dificuldade de despertar. São irritáveis, dinâmicos, otimistas, hiper-reativos e hiper-emotivos, com um cansaço de base mascarado por uma constante movimentação e busca de atividades.

II – Diátese hipostênica ou “artrotuberculose”

Esta diátese se caracteriza principalmente por fatigabilidade ou predisposição mórbida à tuberculose, possui resposta lenta e insuficiente ante os estímulos, há diminuição das trocas celulares. A principal carência é dos minerais  manganês e cobre e de outros metais complementares que, quando repostos, tratam do sistema imunológico e das tendência a infecções repetitivas nas áreas otorrinolaringológicas.  Os hipostênicos tem  um comportamento deprimido com dificuldade de concentração e são psicologicamente pessimistas. Necessitam de varias horas de sono para sua recuperação, em crianças é comum o déficit de atenção ponderal.

III – Diátese distônica ou neuro-artritica

Ccteriza-se por desequilíbrios a nível neurovegetativos, circulatórios  e em estágios de envelhecimento surge a arteriosclerose. Com desadaptação à resposta celular e declínio progressivo da vitalidade é a diátese que aparece na idade adulta, após os 40 anos. Carência dos minerais  manganês e cobalto e outros metais complementares (magnésio, potássio, lítio), que quando repostos, tratam principalmente dos sistemas  endócrino,  cardiovascular, digestivo e outros. Seu comportamento é de astenia, não apenas matinal mais frequente e prolongada durante todo o dia. Intelectualmente sua memória  é acometida por perdas temporárias e até permanentes. O sono é medíocre e psicologicamente o doente é  ansioso, nervoso, emotivo, angustiado, depressivo e melancólico.

IV – Diátese Anérgica

Esta diátese delimita bem a diferença entre os estados funcionais e lesionais , é a degeneração caracterizada pela falta de vitalidade e ausência da defesa imunológica.  As principais carências são dos minerais cobre, ouro e prata e outros metais complementares que, quando repostos, tratam convalescenças transitórias: pós virais, pós cirúrgicas ou pós traumáticas, choques morais, processos infecciosos repetitivos de evolução rápida e severa com falta de resposta aos medicamentos.O comportamento dos anérgicos se caracteriza entre outros aspectos por períodos de euforia e agressividade e também pela astenia e hipoglicemia.  Intelectualmente os distúrbios de memória evoluem para a confusão mental. Psicologicamente  o anergico apresenta graus de desgosto pela existência que vai desde a simples indiferença até ao desejo da morte e ideia de suicídio. É um estado psíquico capital. O sono é irregular com insônias e pesadelos.

V – Diátese da desadaptação

Esta não é propriamente uma diátese e sim uma síndrome de desadaptação endócrina com desequilíbrio dos eixos; hipófise-gônadas e hipófise-pâncreas e envolvendo as glândulas suprarrenais e tireoide. Os minerais corretores  da síndrome desadaptativa ou diátese síndrome desadaptativa são;   Zinco-Cobre, Zinco-Níquel-Cobalto e Iodo, dependendo da avaliação clinica. O comportamento  do indivíduo neste estado de desadaptação  se caracteriza pela periodicidade de astenia, com acessos bruscos e efêmeros ocasionados por estafa, sem no entanto acontecerem em horários específicos.  Intelectualmente  esses acessos astênicos são acompanhados de depressão e vacuidade temporária das capacidades intelectuais. Psicologicamente esses acessos podem provocar um estado melancólico e abúlico ou diminuição da energia e vontade.

Com isso podemos concluir que o ciclo de vida dos organismos vivos é irrevogável e vai do nascimento à destruição, porém na sua evolução natural, o organismo pode passar por esse ciclo sem grandes choques nos seus momentos de passagem.  A medicina das funções propõe que ao examinar, medir e tratar as passagens entre esses estados é possível minimizar os inconvenientes de um estado alérgico e hipostênico, por exemplo, e prolongar sua duração com condição de saúde, para além da adolescência e até mesmo da maturidade de um individuo. O terreno biológico receptivo às doenças é a condição indispensável para a manifestação das mesmas, na presença do agente patogênico e/ou das condições do meio, quando isso acontece, significa que o organismo perdeu sua condição natural de bloquear informações arquetípicas de doenças. Os elementos químicos são essenciais para os seres vivos, geralmente são encontrados em baixa concentração nos organismos, mas são fundamentais nos processos biológicos e na formação de enzimas vitais para determinados processos bioquímicos como a fotossíntese ou a digestão.

O tratamento com os oligoelementos não apresenta contra indicações, devendo apenas ser tomado certos cuidados com a ingestão de alguns alimentos capazes de bloquear a absorção dos minerais, como, por exemplo, carne vermelha, laranja, cebola, batata, tomate cru e leite. A ação dos oligoelementos é essencialmente reguladora, equilibrante, adaptativa e se estende a totalidade do caso. A grande vantagem é que sua dosagem é infinitesimal e não provoca efeitos colaterais e nem toxicidade. No entanto não substitui a medicina tradicional  apenas a complementa.

A terapia Ortomolecular com a Oligoterapia é tida para alguns como a medicina do futuro, pois trabalha reestruturando os terrenos, intervindo no processo de vicariação das diáteses, reequilibrando os sistemas nas suas funções essenciais, buscando um estado de saúde e retardando os efeitos danosos do envelhecimento, pelo qual todos nós passamos pois este é o processo natural da vida

Edna Barbosa – Terapeuta Holística CRTH 1084

Publicado em: 27 de setembro de 2017

3 Comentários

  • Neiva Juçá disse:

    Gostaria de saber como conseguir alguns oligos.
    Sou terapeuta Ortomolecular filiada ao ao Sinte desde 1997. R25150 Facilitadora de Processos de Access.
    Fui aluna da Heloisa Bernardes e até hoje o tratamento transdermico é o mais indicado.
    Tenho outras formações como TFT, Cura Prânca, Radiestesia, Aromaterapia , Thetahealing, e outros que não
    pratico. Agradeço a atencão.
    At.
    Neiva Jussá

  • Rc Cursos Online disse:

    Sou a Antonia Brito, gostei muito do seu artigo tem muito
    conteúdo de valor, parabéns nota 10.

    Visite meu site lá tem muito conteúdo, que vai lhe ajudar.

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